domingo, 16 de maio de 2010

BRASIL VAI SEDIAR A II CONFERÊNCIA LATINO AMERICANA DA MESA RENDONDA SOBRE O ÓLEO DE PALMA SUSTENTÁVEL (RSPO)

Evento está confirmado para agosto, em Belém (PA), e reunirá grandes especialistas do setor

O Brasil promete dar um importante passo rumo ao crescimento sustentável de produção do óleo de palma este ano, ao sediar a II Conferência Latino Americana da RSPO – Roundtable on Sustainable Palm Oil (Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável). O evento, que deve contar com repercussão mundial, está confirmado para acontecer entre os dias 24 e 27 de agosto, em Belém – PA.

A expectativa é contar com a participação de delegados de todos os países produtores de palma na América Latina, da Malásia, Indonésia e África, além de stakeholders da Europa e Estados Unidos. As palestras e debates acontecem nos dias 25 e 26 e contarão com grandes especialistas do setor, com presenças já confirmadas de conferencistas da Malásia, Holanda, Inglaterra, Cingapura, Tailândia, Estados Unidos, Colômbia e Equador.

O evento também irá debater os termos do programa de incentivo à cultura da palma, que será lançado neste mês de maio pelo governo brasileiro, bem como discutir seus impactos e oportunidades sobre a floresta e a população da Amazônia brasileira. Já nos dias 24 e 27 devem acontecer visitas às plantações, que predominam no interior do Estado.

Para Marcello Brito, vice-presidente da RSPO e único brasileiro a integrar o corpo diretivo da entidade, trata-se de uma importante oportunidade para o Brasil desenvolver a cultura da palma com base em diretrizes sustentáveis. “Nosso país tem condições diferenciadas para isso, uma vez que está ´começando` e já conta com empresas de bom histórico na área, inclusive em processo de certificação. Precisamos evitar cometer os mesmos erros que existem mundo afora”, defende.

Amplamente respeitada, a RSPO é uma entidade mundial que congrega toda a cadeia produtiva do óleo de palma e interessados – considerando desde o pequeno agricultor até processadores, fabricantes, varejistas, bancos, investidores e ONGs ambientais e sociais –, promovendo realmente uma grande mesa redonda acerca do tema. Por meio de processo participativo, a organização já desenvolveu um conjunto de normas, chamado de Princípios e Critérios, que define as práticas sustentáveis de produção em abrangência mundial, e tem como objetivo uma grande mudança nos métodos de produção do óleo de palma e sua interação com o meio ambiente.

Sobre a RSPO – Roundtable on Sustainable Palm Oil (www.rspo.org)

Fundada em 2004, a RSPO objetiva promover o crescimento sustentável da produção do óleo de palma através de uma regulamentação mundial. A organização não tem fins lucrativos e congrega toda a cadeia produtiva do óleo de palma e interessados. Sua sede fica em Zurique, na Suíça, e a secretaria baseada em Kuala Lumpur, na Malásia.

A RSPO reúne 321 sócios ordinários de 37 países, sendo: 7 bancos e fundos de investimento, 64 produtores de bens de consumo, 11 ONGs ambientais, 8 ONGs sociais, 21 cadeias internacionais de supermercados, 127 processadores e traders e 83 plantadores. Desses, 43 possuem negócios diretos e/ou indiretos no Brasil, como Unilever, Nestlé, Pepsico, Cognis, Carrefour, Ferrero entre outras. São quatro sócios brasileiros (Agropalma, Cia. Refinadora da Amazônia, IBD – Instituto Biodinâmico e Natura. A Oxiteno está em processo de associação) e 78 sócios afiliados. Até o momento o RSPO já certificou um total de 315.628 hectares de plantações, que respondem por uma produção anual de 1,58 milhões de toneladas de óleo de palma e 324 mil toneladas de óleo de palmiste sustentáveis.

Critérios da RSPO para produção de óleo de palma:


Princípio 1: Compromisso com a transparência.

Princípio 2: Obediência à legislação.

Princípio 3: Compromisso com a viabilidade econômica e financeira de longo prazo.

Princípio 4: Uso de melhores práticas por produtores e processadores.

Princípio 5: Responsabilidade ambiental e conservação dos recursos naturais e da biodiversidade.

Princípio 6: Respeito aos direitos de empregados, indivíduos e comunidades afetados pela produção e processamento.

Princípio 7: Responsabilidade na implantação e desenvolvimento de novas áreas para produção. Princípio 8: Compromisso para melhoria contínua nas áreas-chave da atividade.

[Fonte: ACCESSO - Assessoria & Comunicação]

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